sexta-feira, 26 de outubro de 2012

FERNANDO ARRABAL


          O autor Fernando Arrabal é um dos dramaturgos mais premiado e encenado mundialmente. Recebeu o grande Prêmio de Teatro da Academia Francesa; o Nabokov de novela; o Espasa de ensaio, o World's Theater, entre outros. Entre seus textos famosos cita-se: Fando e Lis - 1955 (transformado em filme), O Arquiteto e o Imperador da Assíria - 1966 (encenado por José Wilker), o Cemitério de Automóveis - 1959 (encenado por Stênio Garcia). Dirigiu sete longas-metragens, publicou quatorze novelas, sete centenas de livros de poesia, vários textos para teatro, vários ensaios e a sua famosa Carta al General Franco em vida do ditador.
 

        Seu teatro mantém uma atualidade inquestionável face às incursões humanas, com um profundo teor subversivo e de crítica ao ser humano e à sua procura com o modelo de humanidade.  Nascido no Marrocos em 1932 e naturalizado espanhol exilou-se na França.  Fernando Arrabal é um dos criadores de um dos mais fecundos movimentos teatrais do século XX, o teatro pânico, junto com Jodorowski e Topor. As características desse movimento iniciado em 1960 são a ausência de regras e dogmas, predomínio de imagens oníricas, acentuação de comportamentos sádicos, tendência a forma cerimonial, base sagrada e caráter psicodramático. Embora o próprio autor faça uma distinção do seu teatro com o do absurdo, ele é considerado um dos representantes atuais desse movimento. Nomes como Ionesco, Becket, Adamov, Pinter e Albee são referências do teatro do absurdo. O crítico e professor de teatro Décio de Almeida Prado que as características fundamentais do autor Fernando Arrabal são a de um "teatro ao mesmo tempo selvagem e moderno, capaz de desvincular-se das amarras intelectuais de retornar ao concreto do corpo do ator, conferindo ao espetáculo as proporções de um ritual mágico coletivo."

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