O autor Fernando Arrabal é um dos dramaturgos mais premiado e encenado
mundialmente. Recebeu o grande Prêmio de Teatro da Academia Francesa; o Nabokov
de novela; o Espasa de ensaio, o World's Theater, entre outros. Entre seus
textos famosos cita-se: Fando e Lis - 1955 (transformado em filme), O Arquiteto
e o Imperador da Assíria - 1966 (encenado por José Wilker), o Cemitério de
Automóveis - 1959 (encenado por Stênio Garcia). Dirigiu sete longas-metragens,
publicou quatorze novelas, sete centenas de livros de poesia, vários textos
para teatro, vários ensaios e a sua famosa Carta al General Franco em vida do
ditador.
Seu teatro
mantém uma atualidade inquestionável face às incursões humanas, com um profundo
teor subversivo e de crítica ao ser humano e à sua procura com o modelo de
humanidade. Nascido no Marrocos em 1932
e naturalizado espanhol exilou-se na França.
Fernando Arrabal é um dos criadores de um dos mais fecundos movimentos
teatrais do século XX, o teatro pânico,
junto com Jodorowski e Topor. As características desse movimento iniciado em
1960 são a ausência de regras e dogmas, predomínio de imagens oníricas,
acentuação de comportamentos sádicos, tendência a forma cerimonial, base
sagrada e caráter psicodramático. Embora o próprio autor faça uma distinção do
seu teatro com o do absurdo, ele é considerado um dos representantes atuais
desse movimento. Nomes como Ionesco, Becket, Adamov, Pinter e Albee são referências
do teatro do absurdo. O
crítico e professor de teatro Décio de Almeida Prado que as características
fundamentais do autor Fernando Arrabal
são a de um "teatro ao mesmo tempo
selvagem e moderno, capaz de desvincular-se das amarras intelectuais de retornar
ao concreto do corpo do ator, conferindo ao espetáculo as proporções de um
ritual mágico coletivo."
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